terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
O FANTASMA DA PENHA !!!
Elenco participante da encenação da lenda
"O fantasma da Penha"
Elisangela Polese (Moradora, Anjo e Nossa Senhora da Penha)
Evelyn Neto (Moradora e Anjo)
Fernanda Melo (Moradora e Fantasma)
Júlive Argentina (Frade)
Valéria Magewsck (Filmagem)
Participação Especial:
Isla Maria (Moradora e Anjinho)
Edição do Vídeo e Agradecimentos:
Pedro Carlos Polese
A LENDA:
"O
FANTASMA DA PENHA"
Estavam os
religiosos beneditinos instalados, no seu mosteiro, em Vila Velha, quando
receberam a visita de um confrade, em passagem para o Rio de Janeiro.
Aproveitando o
frescor de uma tarde, resolveu o itinerante dar uma voltinha, a fim de conhecer
a terra e conversar com os moradores, para inteirar-se dos seus costumes, e
colher informes da região.
Conversa-vai,
conversa-vem, surgiu, para forte admiração do estranho, uma notícia fantástica:
- No caminho da Penha, (hoje Ladeira do Convento), ainda sem a calçada de lajes
e divisão, nos Sete Passos murados,
havia uma pavorosa assombração! Acompanhava os que, depois da Ave-Maria,
tentavam galgar o Monte, encimado pela Ermida de Nossa Senhora. Tomava-lhes a
frente, ás vezes. Não os deixava, porém, repousar, no pequeno templo das
Palmeiras.
Resolveu o
beneditino desvendar o ministério; provar àquele povo inculto sua coragem de
enfrentar o pavor da noite. Passada a hora do Ângelus, tomou de uma lanterna e encetou lentamente, o arrojo da ascensão. Vagalumes rebrilhavam. Saltavam aves
noturnas, com os seus pios e arrulhos.
Vencido o primeiro Passo, quando o luar já prateava algumas
clareiras e coava-se, até as pedras cobertas de musgo, eis que espantoso vulto
se lhe acerca; transforma-se em vários aspectos sucessivos, segue-o,
eqüidistante e ameaçador até o final do percurso.
Na capela, tenta o
monge repicar o sino, de modo a comprovar, aos habitantes da Vila, o êxito de
sua aventura.
Nada!... Horrenda
figura, presa à corda, opunha-se à realização do seu plano; provocava luta
indispensável, até que o frade, invoca a Virgem da Penha, e implora o seu
celestial socorro. Animado, assim, de filial confiança, vence o temeroso
espectro, e toca ardorosamente o sino. Logo, porém, o monstro, dominado pelo
furor do evidente fracasso, prende-o com a maior violência, e atira-o, no
espaço.
Sente-se logo o
nosso herói cercado de anjos, que o amparam e, na segurança de um vôo,
trazem-no incólume, suavemente, ao ponto em que, reunidos, o esperavam aqueles
moradores da Vila, admirados, agora, de vê-lo chegar tão depressa, quando ainda
se ouviam as últimas vibrações do bronze.
- Foi Nossa Senhora
da Penha!... – Exclamou o beneditino.
Referências:
Campaneli, Rodrigo. O fantasma da Penha. Vitória: Casa Campaneli, 2001.(Coleção as mais Belas Lendas Capixabas)
Coradine, Marcia ; Gerlin, Meri Nadia. Pássaro de fogo: lendas, contos e cantos. Vitória: GSA, 2007. ISBN 978-85-89858-24-3. (Inclui 1 CD de áudio)
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